sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nintendo discute as dificuldades de levar jogos clássicos para o 3DS



Produzir versões estereoscópicas de jogos clássicos nem sempre é tarefa das mais fáceis. Prova disso foi uma discussão levada a cabo durante a última edição do já popular “Iwata Asks”, conduzida pelo presidente da Nintendo, Satoru Iwata.
Na ocasião, o empregado responsável pelos ports, Takao Nakano, falou das dificuldades de se levar, por exemplo, um jogo de tiro como Xevius para um ambiente tridimensional. Segundo Nakano, elementos que fazem sentido em ambientes 2D podem parecer estranhos quando se adiciona uma dimensão extra — tal como uma bomba que atinge o solo imediatamente. “É realmente um desafio transformar algo que satisfez os fãs dos jogos originais em algo com cara de novo no Nintendo 3DS”, afirmou Nakano.
Por fim, a equipe também apresentou as dificuldades que as adaptações trazem para a condução da porção “retrô” do e-shop do 3DS.

Nintendo Video trará conteúdos exclusivos em 3D para a eShop do 3DS


O Nintendo 3DS recebeu uma nova aplicação. A Nintendo Video chegou ao eShop no dia 13 de julho e trará conteúdos 3D exclusivos para o console portátil da Nintendo.
O sérico também terá integração com a função Spot Pass, e quando os jogadores se conectarem a redes online sem fio poderão baixar vídeos 3D. Entre os destaques estão Oscar's Oasis e Magic Tricks, séries exclusivas.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Kid Icarus: Uprising - O retorno do herói alado


Quando Super Smash Bros. Brawl chegou ao Wii, em 2008, muitos jogadores ficaram sem saber quem era o misterioso garoto com asas que fazia sua estreia no terceiro título da série de luta da Nintendo.
Também pudera, afinal, Kid Icarus – série da qual o herói foi retirado – não recebia um título inédito desde 1991, o que fez com que ele se tornasse um desconhecido para os públicos mais jovens. No entanto, a casa do Mario decidiu reverter a situação e apostou novamente no menino alado.
O anúncio de Kid Icarus: Uprising foi feito juntamente com a apresentação do Nintendo 3DS na E3 2010. Contudo, foi somente na edição deste ano da feira que o game teve mais informações liberadas, assim como detalhes sobre a jogabilidade e a revelação de um empolgante modo multiplayer.
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Queda livre
Como apresentado pela Big N no ano passado, um dos grandes destaques de Uprising são os momentos de voos, que abusam do efeito 3D do portátil em um mergulho realizado do alto das nuvens em direção à terra firme. Essas descidas serão constantes ao longo do modo single player, estando presentes em praticamente todas as fases do jogo.
Por ser uma espécie de queda livre realizada por Pit, essa parte é totalmente centrada em uma jogabilidade on-rails. A única ação permitida é o passeio pela área da tela, feito por meio do analógico do 3DS. Além disso, é possível atacar os inimigos que surgirem em seu caminho com o botão L, fazendo com que o anjo dispare alguns projéteis. Pressionar a tecla várias vezes faz com que ele inicie uma sequência de ataques físicos.
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A mira desses “mergulhos” é feita a partir da tela inferior do console. Com a ajuda da stylus, os jogadores podem fazer a pontaria com o arco sagrado do protagonista e mandar os capangas de Medusa de volta à escuridão.
Esse sistema de precisão também é utilizado quando Pit chega à terra. Isso porque, assim como em Metroid: Prime Hunters, a touchscreen é usada para controlar as câmeras e, consequentemente, o posicionamento do personagem. De acordo com relatos do site americano Ripten, a mecânica é confusa no início, mas rapidamente assimilável.
Além disso, Kid Icarus: Uprising traz um arsenal bem variado de armas para serem utilizadas. O interessante é que cada uma possui pontos fortes e fracos específicos, o que significa que será preciso ter domínio dessas características para saber qual utilizar nos momentos corretos. São elas:Img_normal
  • Blade
  • Bow
  • Cannon
  • Arm
  • Claws
  • Palm
  • Orbitar
  • Staff
A eterna luta de luz e sombras
Outro destaque da última edição da E3 foi o modo multiplayer de Uprising, que poderá ser utilizado tanto em combates wireless local quanto em batalhas via Wi-Fi. A mecânica é bem simples e lembra muito o famoso Team Deathmatch dos jogos de ação, já que dois trios se enfrentam sob as bandeiras da luz e das sombras.
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Ao início da partida, o jogador escolhe um equipamento e deve eliminar o time adversário. O curioso é que há uma quantidade total de mortes permitida para cada equipe, o que é exibido no topo da tela.
Quando a última morte acontece, o herói do grupo entra em campo, sendo Pit para a Luz e Dark Pit para as Trevas. A partir desse momento, os usuários devem se unir para eliminar (ou defender) o guerreiro celeste – algo que pode definir o rumo da disputa.
Batalha de cards
Por fim, a Nintendo apresentou, durante a E3 2011, os cartões de realidade aumentada inspirados em Kid Icarus: Uprising. Assim como nos cards que acompanham o 3DS, os personagens surgem quando a imagem é detectada pela câmera do console. O curioso é que, quando duas cartas são postas lado a lado, é possível ver os bonecos lutando. No entanto, não há nenhuma confirmação sobre um modo competitivo envolvendo esse recurso.
Kid Icarus: Uprising chega com exclusividade ao Nintendo 3DS no final deste ano.

Roupas clássicas irão voltar em Super Mario 3DS



O diretor responsável por Super Mario 3DS, Yoshiaki Koizumi, afirmou em uma entrevista à revista americana oficial da Nintendo que o game pode conter mais roupas e poderes especiais além da já anunciada roupa Tanooki, o clássico traje de guaxinim do encanador bigodudo da companhia.
Ele afirmou que ainda não pode proporcionar muitos detalhes a respeito de sua próxima criação, mas os fãs podem ter a certeza de que mais trajes familiares estarão presentes na primeira aparição de Mario no 3DS. O título, contudo, ainda não possui data de lançamento confirmada.

Aparelho permite deletar e alterar saves do Nintendo 3DS


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Após ameaças de boicote e reduções premeditadas nas avaliações de Resident Evil: The Mercenaries 3D em sites de venda, a Capcom voltou atrás sobre sua decisão de impedir que os saves do game sejam apagados dos cartuchos. Agora, um recurso não-oficial vem para resolver de vez o problema: o NDS Adaptor Plus.
O dispositivo permite que os arquivos salvos nos jogos sejam retirados para armazenamento em um computador ou completamente apagados. Além disso, também possibilita que novos dados sejam colocados nos cartuchos, abrindo a porta para alterações nos games e saves com códigos especiais. O NDS Adaptor Plus se parece com um pendrive e não é licenciado pela Nintendo. Ainda assim, é vendido normalmente em grandes varejistas americanos por US$ 39,95 (cerca de R$ 62).
Resident Evil: The Mercenaries 3D não é o único game a usar um sistema que não permite que saves sejam apagados do cartucho. O título de luta BlazBlue: Continuum Shift II funciona da mesma forma.

The Sims 3 - Versão tridimensional dos Sims inova... Mas também escorrega


Os ratos de laboratório da Electronic Arts já foram enclausurados diversas vezes em versões de bolso. De fato, até mesmo o iPhone ganhou uma versão bastante decente da última geração de The Sims, que também deu as caras no DS. Aliás, esse talvez seja o principal detalhe capaz de provocar alguns equívocos em relação ao port de The Sims 3 para o 3DS: seria apenas uma versão 3D do mesmo título lançado para o portátil anterior da Nintendo?
A resposta é livre de qualquer dúvida: não mesmo. Embora mantenha características afins com o título lançado para o DS, fato é que a terceira geração dos Sims mantém características próprias no 3DS — boa parte delas mais relacionada com o poder gráfico do console do que com a profundidade de campo gerada pelo efeito estereoscópico.
Img_normalEntretanto, inovação nem sempre é igual a uma boa proposta. Na verdade, embora apresente gráficos inegavelmente mais bem polidos — substituindo os alienígenas do DS por figuras realmente parecidas com seres humanos —, The Sims 3 para o 3DS escorrega em pontos que o DS conseguiu evitar.
Há, por exemplo, menos traços de personalidades, as barras de energia foram substituídas por estruturas gráficas que, embora sejam mais realistas — já que você dificilmente conseguiria representar sua vontade de ouvir música com uma barra verde —, diminuem um pouco do controle intuitivo dos jogos anteriores. Além disso, a ausência de alguns itens é simplesmente inexplicável, e há agora sérias restrições para instituir uma nova família. Vamos aos detalhes.

Aprovado

Saem os aliens, entram os seres humanos
Não se pode negar que o poderio gráfico do 3DS só fez bem para The Sims 3. Quer dizer, qualquer um que tenha jogado a versão lançada para o DS deve ter percebido que os Sims lembravam muito mais seres do espaço sideral do que humanos.
De fato, as feições estão agora muito mais convincentes, há cantos mais arredondados na sua casa, e a mobília provavelmente nunca esteve tão detalhada em uma versão pocket. Por outro lado, o efeito tridimensional confere um extra interessante, embora não afete de maneira dramática a jogabilidade.
Perfeito para duas telas
Ao se conferir a disposição das funções em The Sims 3 para o 3DS, fica óbvio que não se trata simplesmente de uma reapresentação da versão lançada para o DS. Embora nem todas as escolhas da EA para a tela sensível ao toque devam agradar de forma unânime, fato é que a existência de duas telas parece ser algo perfeito para a proposta de The Sims.
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Há aqui uma planta baixa na touchscreen, permitindo que as decisões quanto ao jogo sejam tomadas, enquanto que a tela superior é exclusiva para a exibição das imagens — com ou sem o efeito estereoscópico, naturalmente. Ok, é verdade, isso poderia dividir opiniões. Afinal, ao desvincular jogabilidade e imagem, torna-se a tela superior relativamente “inútil”. Ai vai depender do quão preso à fórmula original e The Sims você é.
Menu de compras
Absolutamente nenhum outro layout de compras em The Sims pode ser tão prático e instintivo quanto a versão incluída aqui. Em vez de fazê-lo navegar por menus pouco óbvios, a versão para 3DS organiza tudo em forma de imagens, bastando um toque para que encontre várias opções daquilo que necessita.
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Reprovado

Apenas uma família por cartucho
Img_normalEis algo realmente inexplicável, mas não por isso menos inconveniente. Em The Sims 3 para 3DS é possível manter apenas uma família (save game) por cópia de jogo. Dessa forma, caso você seja do tipo de jogador pouco afeito à ideia da monogamia, preferindo manter várias famílias simultâneas... Esqueça.
Ademais, também não é possível iniciar o jogo com famílias prontas: você sempre deverá começar com pouco dinheiro em uma propriedade humilde — embora o matrimônio ainda possa trazer mais Sims para uma mesma casa.
Menos traços de personalidade
The Sims 3 para PC tem 30 traços de personalidade — aquelas escolhas que moldam o caráter do seu Sim —, enquanto que o 3DS tem... Apenas 16! Embora existam boas opções aqui, como o Sim solitário, o cozinheiro nato e o gênio (sempre com consequências interessantes dentro do jogo), fato é que a redução em número não faz absolutamente nenhum sentido.
Nada de guitarra, pizza, conserto de chuveiro etc.
Algumas exclusões menores na versão para 3DS permanecem igualmente sem explicação plausível — pelo menos, qualquer coisa além da óbvia pressa para acompanhar o lançamento do console. Dessa forma, aqui você não poderá comprar itens pequenos, como a guitarra (embora ainda se possa tocar no centro da cidade), e também não terá disponíveis os práticos serviços ao alcance do telefone. Isso exclui as pizzas, e também o prático “faz-tudo” que podia ser chamado sempre que algo enguiçava.

Vale a pena?

Embora vá muito do que poderia ser uma simples reapresentação de The Sims 3 para DS, a versão que encontrou o 3DS foi capaz de apresentar não apenas gráficos estereoscópicos, mas também uma nova organização e, consequentemente, uma nova forma de se jogar The Sims em formato pocket.
Apesar disso, a EA não conseguiu escapar de alguns escorregões. Alguns recursos foram inexplicavelmente limitados, e algumas pessoas podem mesmo estranhar (pelo menos no início) o fato de a jogabilidade estar completamente desvinculada das imagens do jogo.
Dessa forma, embora não se trate de uma das melhores leituras feitas dos ratos da EA, The Sims 3 ainda representa uma opção bastante razoável para o 3DS; sobretudo para quem nunca teve a experiência de se passar por um deus.

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